quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dialogando com a Escola de 1º grau Jesus Cristo - Meu primeiro documentário

Hoje eu vou falar da arte no meu processo de vida... Do que faço, como faço e porque faço... Porque me sinto artista também...
Eu tenho uma paixão muito grande pelas artes de maneira geral, mas cinema e teatro sempre ocuparam um espaço maior quanto a consumo. Onde vou com mais frequência? Ao cinema!!! Tenho várias turmas com grupos de teatro com diferentes produções... é muito bacana também!!!! Adoro! amanhã, dia da Consciência Negra, um dos grupos de teatro (ainda sem nome) lá da 7M2 da Escola Jesus Cristo, vai se apresentar na FACED num evento que comemora o dia 20/11... Vamos nos apresentar às 8:00 na prórpia escola e depois, às 12:30 na FACED... Os meninos e meninas desse grupo estão superfelizes...
De uma primeira apresentação que ocorreu na turma de Sérgio Farias, da qual faço parte, uma integrante do DA de Pedagogia nos fez esse convite... Aí, fizemos uma nova "peça", focando nos preconceitos raciais... Gente, vocês não avaliam o quanto esse processo criativo, lúdico e de conscientização é importante... Dá um trabalhão, justamente porque sou professora deles de Ciências... não temos muito tempo juntos pra ensair... Mas todo mundo sabe, trabalhar comigo é não ver as dificuldades... Da primeira vez, pegamos dois ônibus, foi um corre-corre... Dessa vez, o ônibus da UFBA vem nos buscar!!! Isso já nos tranquiliza, pois fico preocupada quando tro o alno da sala... a responsabilidade é enorme! Mas, tudo dá sempre certo!!! Não poderia ser diferente, né?
Destaco a liderança de Lidiane (14 anos) que além de ser minha "assistente de direção" (risos) é também uma das mais criativas roteiristas, pois todos os alunos também contribuem para o roteiro. As nossas "peças" são construções coletivas... eu procuro não interferir muito... deixando-os livres para criar... Até porque eles fazem as peças para um público da mesma idade deles... Mas o resultante e muito bom!!! Vocês precisam ver! Temos muitos talentos natos nas escolas públicas, gente!
Música é algo que faço esporadicamente, embora em 2009, lá pro final eu pense que estarei com meu primeiro demo pronto... Com composições exclusivamente minhas, claro.


Poesia, por não exigir muito mais do que palavras (e algum muso inspirador, porque só escrevo "sob forte emoção") é o que mais tenho feito ao longo dos anos... Também está na hora de editar alguma coisa... Registrei o primeiro livro "Fragmentos da Ilusão", por uma questão de direitos autorais e porque também é muito fácil fazer isso (na Biblioteca Central, na época... não sei como é atualmente)...


Eu nunca mais pintei... estive na sexta (14.11) numa exposição tão ruim, que fiquei mais uma vez pensando: "nooooosssa... ela morreria de fome se dependesse de sua arte pra viver" .Mas entenda, gosto não se discute... Talento também não... Não sou tão boacomo artista plástica... mas me considero boa em outras coisas... Mas não me considero medíocre em nada que faço... Também não sou megalomaníaca... Eu acho!!!! Só me tenho em alta conta, né? Depois fui a outra exposição (boa) no Palacete das Artes... Depois fui ao World Bar, mas fiquei pouco...cansada, né?
O meu primeiro documentário foi gravado ontem (17.11) lá na Escola jesus Cristo. Tem mais de 20 depoimentos das várias pessoas que fazem ou fizeram parte da escola. Levou 4,5 horas pra ser feita a filmagem e teve cerca de duas horas de material. Vai ser reduzido para 30 minutos... Ficou muito bom... Porque documentar educação, em uma escola pública que dá certo é muito gratificante! Como surgiu o documentário? Seguinte: na disciplina Educação no Mundo (FACED/UFBA), foi pedido, além do seminário e do artigo, um vídeo sobre o tema. Escolhemos educação nas Américas e demos um recorte... afinal é muita coisa, né? Escolhemos evasão e repetência, justamente porque a Escola Jesus Cristo tem a menor taxa de evasão do Estado da Bahia (próximo de zero). Eu trabalho lá há dez anos... Foi muito bacana realizar esse documentário... a arpesentação dele será amanhã à noite no encerramento da disciplina em uma confraternização na casa do Professor Dante Galeffi, que juntamente com Cesar Leiro são os responsáveis pela disciplina. Eu noto que vou ficando mais leve à medida que vou vencendo esses desafios das disciplinas do Mestrado... E que também são justamente esses estudos que abrem caminhos e possibilidades...
Esse é primeiro documentário de muitos que virão... Vale salientar que o cinegrafista, Fernando Barros (contratado com recursos da nossa equipe do curso, que conta com Janice Lando, Elisabeth Cavalcanti e Josevaldo dos Santos) foi muito importante nesse trabalho. Ele é experiente, paciente e fez tudo do jeito que eu quero... Gostei! Vai que eu viro cineasta e a primeira pessoa que contrataria é ele, que como eu, gosta de trabalhar com tudo bem feito... perfeito... Ah, e pra variar, tudo com o tempo apertado... Filmamos ontem, fui lá hoje pela manhã pra indicar os cortes e amanhã de manhã tem que estar pronto!!!! Todo mundo que trabalha com edição sabe que está saindo a jato!!!! Então, também tenho essa caracterítica... de trabalhar num ritmo acelerado...
No mais, os depoimentos são muito bons... Só vocês vendo mesmo... Vou procurar inscrever esse documentário em algum festival... Ah, e penso em comprar uma câmara profissional... e é claro que quando o tempo permitir, fazer algum curso bom na área... Tudo que fazemos com prazer, se constitui em uma atividade de lazer... Então, esse documentário pra mim foi além de tudo, um motivo de alegria!
Bye

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cartas de Schiller e Guel para a humanidade

Sérgio (sempre ele) pediu pra fazermos uma "carta" tendo com base as cartas de Schiller .
Aí está o resultado...

" Essa carta , escrita a quatro mãos por Schiller (em azul) e por mim (em rosa), destinam-se à humanidade...

Carta 0

Minhas idéias, nascidas antes do trato regular comigo mesmo que da rica experiência do mundo ou da leitura, não negarão sua origem; serão culpadas de várias falhas, mas não de sectarismo; irão desnudar a minha alma, demonstrando o meu equívoco em acreditar que o que penso pode se constituir num objeto de interesse à humanidade...
Como o químico, é pela dissolução que o filósofo encontra a unidade, é pelo tormento da arte que encontra a obra da natureza espontânea. É pela fugacidade de seus próprios conceitos que se entrega às suas divagações e é pelo pensamento livre que formula suas teorias.
Não haveria uso melhor para a liberdade que me concedeis do que chamar vossa atenção para o palco das belas artes? As artes, que tantas vezes produzem encantamento, prazer estético, emoções sutis, podem e devem ser o palco para a construção de uma verdadeira liberdade política? Pois a arte é a filha da liberdade e quer ser legislada pela necessidade do espírito, não pela privação da matéria. A matéria, no campo rígido da ciência, é a única verdade imposta e aceita pela sociedade atual. No entanto, as fronteiras da arte vão-se estreitando à medida que a ciência amplia as suas. Apesar dos movimentos atuais de campos da medicina e da ciência que já admitem os sentimentos e emoções como desencadeadores de processos patológicos, por exemplo, por muito tempo, só os aspectos físicos eram levados em consideração. O homem físico, entretanto, é real, enquanto o ético, apenas problemático.
O mecanismo vivo do Estado, enquanto máquina administrativa do sistema, precisa ser corrigido enquanto pulsa e as engrenagens precisam ser trocadas enquanto giram. Ou seja, a razão pede unidade, mas a natureza quer multiplicidade. Mas o que de fato legitima a razão? Um conjunto de pressupostos conhecidos e culturalmente aceitos?
E além da matéria, além da ciência, além do corpo e além do Estado, o que ainda nos fala? O homem traz irresistivelmente em sua pessoa a disposição para a divindade. O caminho para a divindade, se podemos chamar assim o que nunca nos levará a meta, é-lhe assinalado nos sentidos. Ou além desses sentidos conhecidos. Extrapolando para um extra-sensorial, ultra-sensação. Mesmo quando o homem/mulher não acredita em nada além do material, sobram-lhe situações em que a sensação sobrepõem-se à razão ou transita além da corporiedade.
Então, a liberdade não existe, porque as correntes da sociedade a detém, a cerceiam. E o Estado é condizente com uma moral produzida por alguns e praticada por poucos. Os rigores da lei não se pautam por uma ética coletiva. A própria ética pode ser mutável... ou já está tudo estabelecido e completamente ordenado?

OBS : Fazer esse trabalho foi um exercício interessante. Mas, analisando criticamente, fica uma dúvida: o que foi mesmo que eu Schiller dissemos? No que concordamos de fato?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Orquestra dos meninos e acupuntura

Continuo com estresse... o neuro diagnosticou. Me deu apenas três dias de licença, no entanto. E eu preciso de mais, pra descansar o corpo, simplesmente. Tou fazendo acuputura... melhora, mas não cura... Aliás, estou com um "algologista"... e estou com fibromialgia ... e estou me arrastando literalmente para o trabalho... Porque é complicado parar... Mesmo quando precisamos de verdade.
Saí da sessão e fui buscar meu note que estava na assistência (que fica em são Paulo) e já chegou. Como a assistência fica ao lado do Iguatemi, fui ao cinema e assiti o excelente "Orquestra dos meninos" . Me emocionei, chorei (eu choro!!!) e recomendo! Paguei apenas R$ 2,00 porque é um filme nacional e eles estão em promoção... poucas pessoas na sala... Passarei brevemente para os meus alunos... Divulg para que vão ao cinema também...
Tou sem gás... mooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrrtttttttttttttttttaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.....

sábado, 8 de novembro de 2008

Vá assistir uma peça...

Vá assistir uma peça!!! Qualquer uma, porque teatro é sempre uma boa pedida!!
Ontem eu fui ver "Atire a primeira pedra" na Escola de Teatro da UFBA, no Canela. É excelente e dosa humor com cobranças morais da sociedade de uma maneira ímpar... É baseada em "A vida como ela é..." de Nelson Rodrigues. Bem montada, bem feita, bem atual... Imperdível!! Ah, e grátis!
O teatro sempre me fascinou e a interpretação é algo fantástico... Fingir ser outra pessoa é algo simplesmente humano... A capacidade de atuar requer tantas coisas... controle... principalmente...
Bom, por hoje é só.... Os dois links do texto remetem ao texto de A tarde e ao blog de "Os 50’tões – Trupe de Teatro"... confira!
Guel

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sim, eu sou romântica! Romântica e platônica... estóica e irônica!

Às vezes eu utilizo a poesia pra "somatizar' as coisas... No sentido de deixar tudo numa espécie de "conta"´só... A pintura de Modigliani acima é só uma metáfora... Pra mim ele era um "romântico", assim como eu... Mas estamos longe de encontrar uma "escola" que nos defina... Na verdade, não somos românticos obedecendo a uma escala... Tá na alma...

Então, saca só o que quero dizer ao me identificr como romântica:
Romântica

Fora o byronismo
Repleto de narcisismo, egocentrismo, angústia e pessimismo
Sou romântica, sim!
Porém moldada na visão escapista
Com um certo grau niilista
Um não sei que de indefinido
De algo não constrído ou pouco evoluído...
Que invariavelmente segue na pista...
Sou um alvo móvel...
É difícil me encontrar
Por outro lado, sou fácil de acertar
É só jogar
O dardo certo, na direção inversa...
Mas eu não me reinvento pra ninguém
O meu "eu" também não é tudo
Sou uma cidadã do mundo
Com um amor imenso e um peito aberto
Descortino o errado e o certo
E piso em falso, às vezes
No entanto, sou uma romântica, sentimental
Sou um ser ideal
Sou do bem
E esse é o meu mal...



07.11.08 11:52



Sim, eu sou essa pessoa que diz o pensa não me importando muito com o que os outros vão pensar. Se defendo uma ou outra coisa, posso mudar de idéia... As coisas são tão mutáveis... Ontem na aula de Sérgio li um poema bobinho, sem mairoes encantos (pois é, também escrevo poemas que considero "fracos", mas com um sentido expresso!) ... No intervalo, na cantina uma das colegas achou que o poema poderia ter sido escrito para uma mulher... Isso devido o meu posicionamento (comentando uma notícia recente) a favor das pessoas casarem com quem quiserem, sejam do sexo oposto ou não... A VIDA É DELAS E DIZ RESPEITO A ELAS!!!!! Cada um faz suas escolhas e arca com a responsabilidae por isso, né nao?
Ora bolas, a gente tem que casar com quem a gente quer e não com quem a sociedade preconiza, né? O amor verdadeiro não supera tudo? Até mesmo os valores estabelecidos? Tá vendo? Uma exposição de pontos de vistadesprovida de preconceitos com as opções sexuais dos outros levou a considerações de que eu tivesse escrito o tal poema para outra mulher... Esclareci que apesar de considerar natural que as pessoas gostem, amem, sintam-se atraídas por outras do mesmo sexo, isso não acontece comigo.
Sou hetero mesmo por escolha... Gosto dos homens e só deles... Se fosse diferente, não faria a menor questão de esconder, nem de demonstrar, porque o que menos me interessa é dar satisfações do que faço ou deixo de fazer... Mas eu tou comentando isso porque achei engraçada a idéia da colega (risos)... Acho que tou ficando meio ambígua nos meus discursos!!! (mais risos)
Eu me exponho naturalmente... escrever um blog, dicustir idéias, tudo isso são formas de exposição...voluntária... Acredito da liberdade... E cismei que sou livre... Que sou livre e não estou contaminada pelos preconceitos, pelas "morais" vigentes, pelas condutas , pelas falsidades ideológicas...Porque as pessoas da nossa sociedade são um tanto hipócritas e o mundo um tanto medíocre, né? Não??? Pra que hipocrisia maior do que só se dizer e só se fazer o que os "outros" querem ou aceitam?
Sim, o mundo é medíocre!!! Ele poderia ser muito melhor se nós fôssemos menos medíocres, menos egoístas e menos valorizadores do ter... Ô, mundinho, eu te amo mesmo assim! Eu tou aqui, né? Fazer o que? Tentar ser menos medíocre nas ações, no trabalho, nas relações, na criatividade! Não me sinto menos medíocre... não me sinto melhor nem pior... Mas me sinto meio crítica... buscando alguma intervenção... Pensando.... pelo menos!!!
Bye!
PS - O tal poema, que depois eu digito, foi feito pra um homem casado... Daí a impossibilidade... Quer dizer, em termos... Sou solteira... me apaixono e o meu coração primeiro gosta da pessoa... Levar isso adiante, fazer funcionar, são outros quinhentos... E o mais interessante é que as coisas passam celeramente... Eu escrevo com muito mais intensidade do que vivo... No poema pode parecer uma paixão voraz... na prática foi apenas uma inspiração... devidademnte apagada... Não, eu não apago as coisas movida pelas convenções!!! É que embora eu pense que sou livre e que possa viver todas as minhas emoções, elas não dependem (graças a Deus!!!!) só de mim... No fim das contas, é só um poema... O tal homem, muso inspirador, até deve gostar de mim e talvez correspondesse ao meu desejo... Mas como saber? Não vou me aproximar, não vou dizer... Ficou tudo no platônico mesmo... Passou... porque tudo, simplesmente tudo, PASSA!!! Eu até que sou platônica... romântica e platônica... estóica e irônica...
Bye de novo... e não me leve tão a sério! Eu não me levo!